O Senac tem como traço marcante de sua história transformar vidas através da educação profissional. O curso de Agente de Resíduos Sólidos, ofertado meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG) à trabalhadores do Aterro Sanitário do Aurá, em Ananindeua, exemplifica esta marca. A turma de 18 alunos iniciou em 14 de abril de 2015 e seguirá até o mês de julho, totalizando 240 horas/aula.
É deste local, onde são despejados os resíduos sólidos de toda Região Metropolitana de Belém, que centenas de famílias retiram seu sustento, inseridos na cadeia produtiva de compra e venda de materiais recicláveis e reaproveitáveis. Contudo, esta é uma realidade que está prestes a mudar, com a vigência da Lei Nacional de Resíduos Sólidos nº 12.305/2010, a qual incide no fechamento do Lixão e na construção de aterros sanitários adequados ambientalmente.
O objetivo da formação é capacitar os alunos a atuarem como Agentes de Resíduos Sólidos além dos limites dos aterros, podendo atuar em empresas ou de forma autônoma, executando a organização do ciclo dos resíduos e usando ferramentas de gestão de qualidade e segurança, para diminuir o impacto ambiental. O enfoque do curso é amplo, não se limitando aos resíduos propriamente ditos, mas abordando também normas de qualidade, ambientais, de saúde e segurança.
“O público do curso é de catadores, ex-catadores, pessoas que trabalham no maquinário, agentes de limpeza e comunidade da área. Estamos trazendo a eles o embasamento teórico, estudos e termos técnicos do trabalho que eles já desenvolvem, pautado na preocupação com o meio ambiente e na sustentabilidade. Eles gostam do que fazem e estão descobrindo o potencial profissional desta atividade”, explica a instrutora do Senac Jacicléia Costa, do bloco temático Responsabilidade Ambiental.
A aluna Maria Alice Costa, de 47 anos, atua há 19 anos no Lixão do Aurá, operando em todos os segmentos da cadeia produtiva, desde a catação de resíduos, passando pela triagem do material até a venda da matéria reciclável. Para ela, o curso traz a perspectiva continuar exercendo uma atividade que contribua para a preservação do meio ambiente. “Nas aulas temos estudado temas como legislação, responsabilidade social e ambiental, dentre outros pontos, para fortalecer o nosso conhecimento com a teoria daquilo que já trabalhamos há anos. Então, a expectativa é ter essa formação e poder seguir mostrando que este trabalho é o catalizador para salvar o meio ambiente”, disse a aluna.
De acordo com Pandora D’Águila, 27 anos, secretária na Associação dos Catadores do Aurá (Asca), funcionária do CRAS Aurá e também aluna do curso, foi necessário conscientizar os trabalhadores sobre a importância de fazer uma capacitação profissional. “Para a realização do curso, houve uma série de conversas com associações e pessoas que fazem parte deste universo do Lixão, onde mostramos que o catador precisa ser inserido no mercado de trabalho e o primeiro passo seria procurar a qualificação. Assim eles poderão continuar gerando renda familiar mesmo após o fechamento do aterro”, descreveu a ex-catadora.
O Aterro do Aurá foi criado em 1990. O local recebe 1800 toneladas de lixo da capital por dia, vindo de Belém, Ananindeua, Santa Bárbara, Benevides, Santa Izabel e Marituba. A previsão é que as atividades no lixão sejam encerradas quando forem atendidas as cláusulas do TAC que garante os direitos dos trabalhadores do local.
Texto: Daniele Brabo
Fotos: Jorge Soares
Ascom Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PA
É deste local, onde são despejados os resíduos sólidos de toda Região Metropolitana de Belém, que centenas de famílias retiram seu sustento, inseridos na cadeia produtiva de compra e venda de materiais recicláveis e reaproveitáveis. Contudo, esta é uma realidade que está prestes a mudar, com a vigência da Lei Nacional de Resíduos Sólidos nº 12.305/2010, a qual incide no fechamento do Lixão e na construção de aterros sanitários adequados ambientalmente.
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Para possibilitar que trabalhadores da área tenham seus direitos garantidos após o encerramento das atividades no Aurá, uma série de medidas e ações sociais tem ocorrido, em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela Prefeitura de Belém, que administra o lixão. Dentro deste contexto, o Senac no Pará, em parceria com a Fundação Papa João XXIII (Funpapa) pela primeira vez realiza um curso de educação profissional para os trabalhadores do lixão, nas dependências do Centros de Referência da Assistência Social (CRAS Aurá).O objetivo da formação é capacitar os alunos a atuarem como Agentes de Resíduos Sólidos além dos limites dos aterros, podendo atuar em empresas ou de forma autônoma, executando a organização do ciclo dos resíduos e usando ferramentas de gestão de qualidade e segurança, para diminuir o impacto ambiental. O enfoque do curso é amplo, não se limitando aos resíduos propriamente ditos, mas abordando também normas de qualidade, ambientais, de saúde e segurança.
“O público do curso é de catadores, ex-catadores, pessoas que trabalham no maquinário, agentes de limpeza e comunidade da área. Estamos trazendo a eles o embasamento teórico, estudos e termos técnicos do trabalho que eles já desenvolvem, pautado na preocupação com o meio ambiente e na sustentabilidade. Eles gostam do que fazem e estão descobrindo o potencial profissional desta atividade”, explica a instrutora do Senac Jacicléia Costa, do bloco temático Responsabilidade Ambiental.
A aluna Maria Alice Costa, de 47 anos, atua há 19 anos no Lixão do Aurá, operando em todos os segmentos da cadeia produtiva, desde a catação de resíduos, passando pela triagem do material até a venda da matéria reciclável. Para ela, o curso traz a perspectiva continuar exercendo uma atividade que contribua para a preservação do meio ambiente. “Nas aulas temos estudado temas como legislação, responsabilidade social e ambiental, dentre outros pontos, para fortalecer o nosso conhecimento com a teoria daquilo que já trabalhamos há anos. Então, a expectativa é ter essa formação e poder seguir mostrando que este trabalho é o catalizador para salvar o meio ambiente”, disse a aluna.
De acordo com Pandora D’Águila, 27 anos, secretária na Associação dos Catadores do Aurá (Asca), funcionária do CRAS Aurá e também aluna do curso, foi necessário conscientizar os trabalhadores sobre a importância de fazer uma capacitação profissional. “Para a realização do curso, houve uma série de conversas com associações e pessoas que fazem parte deste universo do Lixão, onde mostramos que o catador precisa ser inserido no mercado de trabalho e o primeiro passo seria procurar a qualificação. Assim eles poderão continuar gerando renda familiar mesmo após o fechamento do aterro”, descreveu a ex-catadora.
O Aterro do Aurá foi criado em 1990. O local recebe 1800 toneladas de lixo da capital por dia, vindo de Belém, Ananindeua, Santa Bárbara, Benevides, Santa Izabel e Marituba. A previsão é que as atividades no lixão sejam encerradas quando forem atendidas as cláusulas do TAC que garante os direitos dos trabalhadores do local.
Texto: Daniele Brabo
Fotos: Jorge Soares
Ascom Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PA
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