O Senac não mede esforços para proporcionar o acesso dos diversos públicos aos seus cursos e atividades. Por este motivo, a instituição vai além das questões de infraestrutura e está sempre se adequando para oferecer capacitação profissional a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, possibilitando que participem da programação regular da instituição.
A jovem Larissa Gabriela de Souza sempre se interessou por tecnologia. Atualmente ela é universitária na área de Sistemas de Informação e quis fazer o curso de Montador e Reparador de Computadores para conhecer a parte mais técnica do segmento que está estudando. A ausência total da visão não atrapalhou em nada o desempenho de Larissa, muito menos em sua determinação pela busca de mais conhecimentos.
“Não senti dificuldade alguma em acompanhar o andamento da turma. No Senac eu fui muito bem acolhida pelos colegas e pela equipe. A instituição disponibilizou tudo que foi necessário para tornar o conteúdo do curso acessível, digitalizando livros e apostilas e instalando o aplicativo para converter texto em áudio no computador”, contou Larissa, durante uma das aulas práticas no Centro de Educação Profissional de Tecnologia da Informação e Comunicação em Belém.
Pessoas Com Deficiência* (PCD) podem se matricular em qualquer curso do Senac. É a instituição que se prepara para receber estes alunos, preocupando-se em garantir que ele possa ter acesso a todas as ferramentas de forma igualitária. De acordo com a gerente do Senac/PA, Luciana Cabral, tanto a equipe pedagógica quanto os instrutores passam por um alinhamento das práticas educativas dentro de uma visão inclusiva.
“Para receber a Larissa, fizemos reuniões de orientação, preparamos o laboratório de informática com os programas de síntese de voz Dosvox, Mecdaisy, NVDA e Balabolka, solicitados por ela. Adquirimos também luvas antiestáticas, pois os alunos do curso de Montador e Reparador utilizam pulseiras para eliminar a energia do corpo e evitar o comprometimento de peças dos computadores, porém, observamos que, pelo fato da Larissa usar o tato para a identificação, seria importante ter essa ferramenta própria para ela”, explicou.
A instrutora do Senac Pâmela Rússula reforçou que a integração de pessoas com deficiência nos cursos é positiva tanto para este aluno quanto para o restante da turma. “É um exercício social muito bom, de combate à exclusão, de respeito das diferenças através do convívio em sala de aula. É muito ver a integração de todos nos trabalhos em grupo, o que já preparam para esta convivência no mundo profissional”, pontuou a docente.
*De acordo com definição do Governo Federal, através da portaria 2.344 de 2010, por Lei o termo correto a ser usado é Pessoa Com Deficiência (PCD). A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência, retirando oficialmente a palavra “portador”. |
Texto e fotos:
Daniele Brabo
Comunicação Senac no Pará
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